“Minas são muitas, porém são poucos os que conhecem a face das Gerais”, dizia o grande escritor João Guimarães Rosa, como forma de expressar nossas riquezas culturais e materiais. E ainda mostrar a grande força de nossa tradição colonial e barroca; a herança dos bandeirantes e dos primeiros mineiros que, em busca do ouro e do diamante, desbravaram e criaram nossas riquezas culturais, maior patrimônio de um povo.
Cada cidade, cada arraial, cada canto de serra, com suas intimidades e peculiaridades. Cada um à sua maneira simbolizando nossa força e nossas minas.
Aqui mulheres e homens no passado e no presente, criaram e criam nossa identidade: um povo pacato, determinado e forte com compromissos e ideias de nobres fidalgos de quem descendemos. São inúmeros; Joaquina do Pompéu, Bárbara Heliodora, Maria Tangará, Dona Beja, Chica da Silva, Bernardo Pereira de Vasconcelos, Aleijadinho, Visconde de Caetés, Martinho Campos, Visconde de Ouro Preto, Francisco Campos, Santos Dumont, Gustavo Capanema, Benedito Valadares, Afonso Arinos de Melo Franco, Milton Campos, Juscelino Kubitschek, Paulo Campos Guimarães, Astraugésilo de Ataíde, Guimarães Rosa, Antônio Carlos Andrada, Dom Silvério, Dom Sigaud, Con. Trindade e inúmeros outros nomes que gastaria dias e laudas para elencar estes heróis imortais que deram toda sua genialidade para o engrandecimento das Minas Gerais.
Cidades unidas construindo um estado forte sempre lembrado pelos rincões do Brasil pela beleza do barroco, pela graça do rococó, pela beleza dos minérios e pedras que cintilam aos nossos olhos. E também pelo tempero aprazível de nossa culinária; nossas serras e vales; nossos rios e cachoeiras...
É neste lindo e maternal estado que receberemos mais uma vez a visita de um membro da Casa Dinástica Herdeira do trono Brasileiro, Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach, Príncipe Imperial do Brasil, segundo na sucessão do trono brasileiro, irmão de Dom Luís de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil(Imperador de Direito do Brasil). Por sua Mãe, a Princesa Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, D. Bertrand herdou as tradições da Família de Wittelsbach, a Casa Real da Baviera, uma das mais antigas da Europa, remontando ao século IX. Por seu bisavô o Príncipe Gastão de Orleans, Conde d'Eu, esposo da Princesa Isabel e herói da Guerra do Paraguai, D. Bertrand descende da Casa Real Francesa, provindo em linha direta de Hugo Capeto e de São Luís IX, o Rei-Cruzado. Por sua bisavó Dona Isabel a Redentora, princesa que aboliu o Brasil da mancha da escravidão descende de Dom Pedro II e Pedro I. Descendendo de Reis, Santos e Heróis, de Fundadores de Impérios e Cruzados, o Príncipe Imperial recebeu uma educação à altura das tradições que encarna. A primeira vez que Dom Bertrand esteve em nossa região foi no dia 20 de agosto de 2011, na cidade de Pompéu, quando da inauguração do Centro Cultural “Dona Joaquina do Pompéu”, em homenagem à “Grande Matriarca Heroína da Independência do Brasil”, que muito serviu ao seu trisavô o Imperador dom Pedro I, na expulsão das tropas do General Madeira na Bahia.
Conselheiro Hugo de Castro e Dom Bertrand de Orleans e Bragança. Pompéu/MG, 20/08/2011
Dom Bertrand ao aceitar palestrar para os alunos do curso de Direito da UNIPAC de Bom Despacho no dia 29 de fevereiro de 2012 - tendo como tema; O Brasil, um país predestinado a um futuro glorioso”- honrará também as cidades de Divinópolis e Bom Despacho no ano jubilar que estas completam seus 100 anos de emancipação política, coincidentemente no mesmo dia, pois foram emancipadas no dia 1 de junho de 1912.
O Brasil, ao acordar para as questões da memória e da cultura valoriza aqueles que lutaram e trabalharam para construir cada pedaço desta nação. Graças aos nossos dois grandes imperadores, Dom Pedro I e Dom Pedro II o Brasil manteve sua extensão continental. Se não fosse a grande capacidade de chefe de estado de Dom Pedro I, nosso país estaria dividido em pequenas republiquetas, assim como ocorreu na América espanhola, que não conseguiu preservar seu território integralmente. Estas cidades ao receberem Sua Alteza Imperial e Real, herdeiro deste legado que é o compromisso com as causas do crescimento do Brasil, afirmam um comprometimento com a história, pois estão valorizando e guardando uma memória que não se perdeu e está viva em nossos corações!
Cabe a nós cidadãos brasileiros, valorizar e preservar nossa história, que muitas vezes não nos é passada nos bancos das escolas, como é o caso da saga de nossos Príncipes que com simplicidade e amor a este país trabalham arduamente para que o Brasil seja engajado e colocado entre os países fortes. Temos tudo para sermos uma grande nação!
A importância da visita de Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, deve ser vista como uma data festiva para toda a posteridade que sem sombra de dúvidas está aprendendo a respeitar e valorizar nossa história e nossa cultura!
*Hugo de Castro é Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Histórico de Pompéu, Diretor do Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu, Diretor de Aglutinação do Círculo Monárquico de Minas Gerais e Acadêmico do curso de Direito da UNIPAC/Bom Despacho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário